terça-feira, 9 de outubro de 2012

Hate turns to love - Hot Chip

Eu sempre tive uma teoria meio maluca de que os meus melhores amores tinham origem no ódio. Explico: Várias vezes eu detestava alguma banda ou algum ator e depois de um tempo ao dar mais uma chance ao trabalho de tal artista eu acabava me dando conta que na verdade eu gostava bastante, e em alguns casos esse ódio se convertia em amor incondicional. isso acontecia com mais frequência quando eu era mais novo, hoje em dia isso é mais raro. Porém uma das bandas que foi vitima desse ódio inicial foi o Hot Chip, na época do lançamento do álbum “The Warning” eu ouvia várias críticas positivas, e não conseguia entender o por que, ouvia várias faixas mas simplesmente não conseguia achar graça. Até que em 2008 eles lançaram o álbum “Made In The Dark”, empolgado pelo sucesso do single “Ready for the floor” eu resolvi dar mais uma chance aos caras e simplesmente amei o álbum, em 2010 veio “One Life Stand” e apesar de não ser tão bom quanto o anterior, ainda tinham ótimos momentos, o que me fez gostar ainda mais da banda. Então foi com certa ansiedade que eu recebi a notícia de que em 2012 eles lançariam o quinto álbum, “In Our Heads”, o primeiro single, “Night and Day” não empolgou tanto mas ao ouvir o disco todo vi que havia algo de muito bom ali, e algumas ouvidas depois, “In Our Heads” já era o disco do ano pra mim, e continua sendo até agora. Nesse álbum o Hot Chip consegue manter a formula de tudo que deu certo nos discos anteriores e ainda assim trazer novidades ao álbum, como na melhor faixa do disco, “Flutes” que traz um som totalmente diferente de tudo que já foi feito, com uma brincadeira de vocais bem interessante. Há faixas dançantes como as ótimas “How Do You do” e “Don´t Deny Your Heart”, as baladinhas “I Have Always Been Your Love” e “Look At Where We Are” que tem riffs que estranhamente remetem a Red Hot Chili Peppers mas com um resultado totalmente diferente do som dos californianos. Ainda assim “In Our Heads” não é totalmente perfeito, “Now There Is Nothing” é uma das coisas mais chatinhas que os ingleses já fizeram, e o álbum poderia facilmente terminar com a ótima penúltima faixa “Let Me Be Him”, porém se estende por uma música a mais, mas essas falhas não tiram o mérito do disco que vale muito a pena ser conferido.

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